Paula Gnomo

domingo, 23 de dezembro de 2012

Fumaça

Sai da boca,

entra no ar,

vaga.

Volta para o corpo.

Não se deixe levar.

É neblina, névoa.

Não faz a cabeça,

não maltrata o pulmão.

Suaviza;

Ah,diálogos!

Da mesa da festa, vocês são os brigadeiros

Deliciosos, cheirosos e que dão água na boca

Todos querem levar para casa, saborear aos poucos, lamber os dedos

E mesmo que a festa acabe, deixam as mulheres loucas.

Dizem que são amáveis, outros que nem amor existe

Falam que são fortes, e que são todos de pegada

Maluca, eu, de não arriscar um palpite

Por eles as mulheres fogem, e os esperam no degrau da escada.

Já não sei se são meus, ou de quem pertencem

Se são patrimônio feminista, ou de caráter privado

Mas são homens perfeitos que ninguém desmente.

E assim, mais tarde no calor do som, ou mais cedo, no frio da madrugada,

Eu irei amá-los como alguém que nunca tive

Que sejam doces como beijos apaixonantes, e cretinos como bons amantes.