quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Perdoe a minha inocência
Eu nunca saberia o que era de fato
Sou jovem, e você sabe
Os jovens são atirados e pouco pensativos.
Eu te amava, juro.
Mesmo eu não sabendo
no meu pretérito imperfeito,
agora te garanto: eu te amava.
Mudarei o tempo verbal, pois
ainda se faz presente.
Te amo, e agora eu sei.

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Nasci no concreto, no subúrbio carregado
Minhas férias em campos verdes, e praias quase solitárias.
Cantei samba, dancei no carnaval,
gritei no rock, fumei e meditei no reggae,
bebi muito bem no jazz, e chorei no blues,
me aborreci no funk, e dormi meus melhores sonos
no clássico, na opereta.
Enlouqueci em acidez falsa na psicodelia,
e entrei em florestas densas como ciganos e balcânicos.
Só que morri.
Morri quando o som da sua voz não ecoou por meu cérebro
nem vagou pelo espaço do meu corpo.
De que vale tanta beleza, tanta música?
A música talvez seja um entorpecente,
alucinógeno.
Porque ela ainda me faz pensar em você.
Pensar em nós.
Pura alucinação....

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